Porto Velho, Rondônia - O desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em comemoração da Independência do Brasil, nesta quinta-feira (7), ocorreu de forma tranquila, sem manifestações violentas nem protestos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que preferiu não discursar. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSPDF) registrou 50 mil pessoas no evento, que foi enxuto e durou duas horas.
Ao lado do presidente Lula, no palanque de autoridades, marcaram presença a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja; o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB); a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber; e o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não compareceu ao desfile.
Com megaesquema de segurança durante o desfile, aproximadamente 2.500 agentes trabalharam na segurança das comemorações, entre policiais militares e civis do Distrito Federal, além da Força Nacional e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Quem passou pelo local ao longo da manhã deparou com arquibancadas lotadas de cidadãos vestidos de verde e amarelo. Com segurança reforçada, o público passou por revista pessoal da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). As linhas de revistas foram distribuídas nas escadarias dos ministérios, na via S1 e na lateral da catedral.
A entrada de caixas de isopor, coolers, hastes de bandeira ou qualquer outro objeto pontiagudo que pudesse simular uma arma estava proibida. Além das forças da PMDF, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar e equipes com cães, os chamados K9, atuaram na segurança do evento.
De acordo com a SSPDF, foram registrados seis furtos, de cinco celulares e de um veículo. Os policiais militares conseguiram recuperar todos os aparelhos furtados. Os agentes chegaram a levar duas pessoas à delegacia por importunação sexual.
Os bombeiros atenderam 19 pessoas, com queixas de reação ao calor, como dor de cabeça e tontura. Outros dois indivíduos foram levados ao hospital por mal súbito e dores nas costas.
Governo x oposição
O objetivo do governo foi despolitizar a festa, que teve como slogan "Democracia, soberania e união". Enquanto Lula e o entorno político sustentaram um momento "de todos" os brasileiros, a oposição pediu aos apoiadores que ficassem em casa com o objetivo de esvaziar a festa organizada pela gestão petista. A data da Independência do Brasil ficou marcada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro como um símbolo dos apoiadores dele.
Apesar do movimento, as arquibancadas do evento estavam lotadas. Tradicionalmente, os presidentes da República não fazem discursos durante o desfile do Dia da Independência.
O mais comum é que eles gravem um pronunciamento, que é transmitido nas emissoras de rádio e TV. A exceção foi Bolsonaro, que falou para o público presente na Esplanada nos feriados de 2022 e 2021.
Primeiro escalão
Confira os ministros que participaram da celebração:
• Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais);
• Anielle Franco (Igualdade Racial);
• Camilo Santana (Educação);
• José Múcio Monteiro (Defesa);
• Marcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência);
• Margareth Menezes (Cultura);
• Marina Silva (Meio Ambiente);
• Nísia Trindade (Saúde);
• Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social);
• Rui Costa (Casa Civil);
• Simone Tebet (Planejamento e Orçamento);
• Sonia Guajajara (Povos Indígenas); e
• Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome)
Autoridades militares e o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), também marcaram presença.
Ministros que não marcaram presença
Um dia após ser informada sobre a saída dela do governo, Ana Moser, ainda ministra do Esporte oficialmente, não compareceu.
Outros cinco ministros também não participaram:
• Carlos Lupi (Previdência Social);
• Fernando Haddad (Fazenda);
• Flávio Dino (Justiça);
• Mauro Vieira (Relações Exteriores); e
• Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional).
Fonte – R7
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