Porto Velho, Rondônia - “Uma sessão ordinária inédita”. É assim que está sendo definida a sessão ordinária realizada na manhã desta segunda-feira, 11, na Câmara de Cacoal.
Isto porque o titular e o suplente de uma vaga – Lauro Costa “Garçom” (PSD) e Pedro Rabelo (MDB), respectivamente – participaram ativamente da sessão legislativa.
“Garçom” retornou ao parlamento após entraves jurídicos e ato da mesa diretora nº 10/2023, assinado pelo atual presidente da Casa, Valdomiro Corá (MDB), que determinou a recondução de “Garçom” ao mandato.
Já Rabelo assumiu a vaga em 5 de junho após “Garçom” ser preso sob acusação de estupro de vulnerável (e depois inocentado) e pedir afastamento do cargo.
Durante a sessão desta segunda-feira, 11, parlamentares usaram a tribuna da Casa para verdadeiros desabafos quanto à briga política criada no Legislativo por dois grupos que querem o poder do Município.
No seu discurso, “Garçom” disse que é ameaçado e perseguido por sete vereadores, um prefeito, dois procuradores e um deputado estadual. “Garçom”, inclusive, “cutucou” e mandou indireta para Rabelo, afirmando que ele (Rabelo) deixou de ganhar R$ 800 mil como assessor do deputado estadual Cássio Góis (PP), em quatro anos, para ocupar a vaga de vereador e ganhar apenas R$ 100 mil no restante do mandato que vai até dezembro de 2024.
Já o vereador Edimar Kapiche (PSDB), presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Legislativo, defendeu a permanência de Rabelo no Legislativo, afirmando que há uma decisão judicial para “Garçom” permanecer afastado até o termino dos trabalhos da Comissão de Ética. “Pedi ao parlamentar e sua defesa juntem todos os documentos necessários para que a Comissão possa analisar”, destacou, apesar das informações cadastrais do Legislativo indicarem que Rabelo está exonerado do cargo.
O ex-presidente da Casa, Magnison Mota, também reforçou que existe uma decisão judicial amparando a permanência de Rabelo na vaga de vereador. “Você tem meu apoio para ficar sentado aí. Você vai receber seu salário normalmente, mostrar suas atividades, que nós temos decisão judicial”, disse.
Fonte – Extra de Rondônia
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