Porto Velho, Rondônia
- O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu à corte que avalie a atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) no que se refere às investigações de possíveis participações, ainda que indiretas e financeiras, de servidores e membros nos atos extremistas de 8 de janeiro.

Além disso, pede à corte que acompanhe se os órgãos têm realizado as devidas penalizações de servidores e membros diante das condutas investigadas ou se há omissões.

"Não se pode exigir, pois, dos administradores públicos e correlatos, simplesmente o mero cumprimento da lei — não basta serem honestos; precisam, igualmente, parecer honestos e preocupados com o devido zelo da coisa pública", diz o procurador Lucas Furtado no documento.

O procurador lembra ainda que o CNJ abriu investigação interna sobre a participação de juízes, desembargadores e outros servidores do Judiciário sobre o tema.

"Há notícias de que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) teria identificado transferências bancárias, por meio de Pix, feitas por magistrados para manifestantes às vésperas dos atos criminosos de 8 de janeiro, quando foram vandalizadas as sedes dos Três Poderes", disse.

Os prejuízos materiais já calculados pelos órgãos públicos atingidos pelos atos chegam a R$ 25 milhões: R$ 3,5 milhões no Senado; R$ 1,1 milhão na Câmara dos Deputados; R$ 9 milhões no Palácio do Planalto (considerando apenas as obras de arte danificadas); e R$ 11,4 milhões no Supremo Tribunal Federal.

Fonte – R7