Porto Velho, Rondônia
- Chegou a 632 o número de mortos após o terremoto que ocorreu nesta sexta-feira (8) à noite no centro do Marrocos, segundo novo informe oficial do Ministério do Interior do país. O total de feridos também aumentou, sendo agora 329.

As províncias e os municípios do país mais afetados pelo tremor, ainda segundo a pasta, foram Al-Haouz, Marrakech, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant. Nas redes sociais, a população afetada registrou momentos de pânico e destruição devido aos tremores.

Detalhes da devastação

Segundo o USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos), o abalo sísmico foi de magnitude 6,8 e ocorreu a uma profundidade de 18,5 km da superfície da Terra, com epicentro 71 km a sudoeste de Marrakech. Já o Centro Nacional para a Pesquisa Científica e Técnica, do Marrocos, afirmou que a magnitude do tremor foi de 7, tendo ocorrido na província de Al-Hauz.

De toda forma, veículos de imprensa marroquinos reiteram que este foi o terremoto mais forte já registrado no reino. Tão forte, na verdade, que chegou a ser sentido em cidades costeiras como Rabat e Casablanca, e até mesmo em Fez, local onde está concentrada a seleção olímpica do Brasil (e que fica a 530 km de Marrakech).

O abalo também afetou diversas províncias na região oeste da Argélia, país vizinho do Marrocos, mas as autoridades locais negaram haver danos ou vítimas.

Desdobramentos oficiais

Após a tragédia, o Ministério do Interior marroquino afirmou que as autoridades mobilizaram 'todos os recursos necessários para intervir e ajudar as zonas afetadas' pelo terremoto.

Na manhã deste sábado, governos de outros países do Mediterrâneo se manifestaram em apoio ao Marrocos. O presidente espanhol, Pedro Sánchez, deu condolências e expressou solidariedade ao país. 'A Espanha está com as vítimas desta tragédia e suas famílias', escreveu através de rede social.

Já a ministra do Exterior da França, Catherine Colonna, manifestou, também em rede social, sua solidariedade ao povo marroquino. O presidente Emmanuel Macron (que participará da cúpula do G20), por sua vez, afirmou que o país está 'de prontidão para ajudar' os esforços de resgate marroquinos.

Além das autoridades já citadas, outros líderes mundiais se manifestaram em apoio ao país após a tragédia. Entre eles, estão o presidente russo Vladimir Putin, o presidente ucraniano Volodmir Zelensky, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

A União Africana (organização criada para promover a integração dos países do continente) também se pronunciou, citando 'grande dor' diante da tragédia.

Terremotos não são novidade na região

Apesar da destruição e do pânico causados, este não é o primeiro terremoto que devasta Marrocos ou um país vizinho do norte da África. Em 2004, um tremor em Al-Hoceima, no nordeste do reino, deixou mais de 600 mortos e 900 feridos.

Antes ainda, em 1980, outro abalo de magnitude 7,3 devastou a Argélia (país vizinho ao Marrocos), deixando 2.500 mortos e cerca de 300 mil desabrigados.

Fonte – R7