Porto Velho, Rondônia - Durante um período de 8 meses de investigação, a Polícia Federal analisou minuciosamente centenas de horas de gravações das câmeras de segurança do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto, registradas no dia 8 de janeiro - data em que manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes. As informações são da TV Globo.

Além das gravações, a investigação também utilizou celulares apreendidos com os suspeitos, amostras de material genético coletadas nos locais, impressões digitais, análises forenses e depoimentos de testemunhas.

O conjunto de provas será submetido à análise dos ministros do STF a partir da próxima quarta-feira, 13, durante o julgamento dos primeiros 4 réus acusados de participação nos atos golpistas.

Os ministros irão determinar se esses indivíduos, que foram formalmente acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), serão considerados culpados ou inocentes. Os casos serão analisados separadamente.

Os 4 réus foram presos em flagrante e enfrentam acusações de:

associação criminosa armada;

abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

golpe de Estado;

dano qualificado pela violência;

grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima;

deterioração de patrimônio tombado.

A PGR apresentou denúncias contra 1.390 suspeitos envolvidos, de alguma forma, nos atos golpistas. O STF aceitou 1.365 dessas denúncias, transformando essas pessoas em réus.

No entanto, nem todos os réus devem enfrentar julgamento no STF. Isso ocorre porque o ministro relator, Alexandre de Moraes, autorizou a PGR a negociar acordos com mais de mil investigados.

Esses acordos permitem que os réus evitem o julgamento e não sejam punidos com prisão por eventuais crimes. Para isso, os acusados precisam cumprir certos pré-requisitos, como ser réus primários e confessar o crime.

Fonte - Terra