Após a anulação do primeiro júri, os quatro réus respondem em liberdade, sendo que o novo julgamento está marcado para 26 de fevereiro
No fim da noite de sexta-feira, um grupo usando máscaras brancas sem a parte da boca caminhava desde a Praça Saldanha Marinho, onde está montada a tenda para vigília, até o prédio onde funcionava a boate, na Rua dos Andradas, na área central da cidade. As máscaras foram fixadas na parede do prédio. Flores e itens pessoais, como calçados, também foram colocados em frente ao local.
Incêndio da Boate Kiss completa 11 anos com homenagens e espera por segundo julgamento — Foto: Reprodução AVTSM
A partir das 2h30min do sábado, houve a leitura dos nomes de todas as vítimas, além do badalo de sinos. Desde o início da semana, há cavaletes, na cor preta, com frases como "Eu não sou apenas um número". As manifestações são organizadas por entidades como o Coletivo Kiss: Que não se repita (KQNSR) e a Associação de Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).
Após a anulação do primeiro júri, os quatro réus respondem em liberdade, sendo que o novo julgamento está marcado para 26 de fevereiro, na Capital.
Incêndio
A tragédia começou quando um integrante da banda Gurizada Fandangueira acendeu em cima do palco um fogo de artifício que inflamou o revestimento de espuma do teto e das paredes, lançando gases tóxicos num ambiente sem ventilação nem saídas adequadas. Morreram 242 pessoas e 636 ficaram feridas.
Casal observa painel em homenagem às 242 vítimas do incêndio na Boate Kiss — Foto: Edilson Dantas/O GLOBO
Tantas foram as protelações da Justiça, que o primeiro julgamento levou oito anos e dez meses para acontecer. Em dezembro de 2021, o júri condenou os sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o músico Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor Luciano Bonilha Leão a penas entre 18 e 22 anos de prisão.
Os condenados puderam recorrer em liberdade, mas depois foram detidos. Em agosto de 2022, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul anulou o júri em razão de questões formais, sem entrar no mérito das acusações. Desde então, os réus passaram a acompanhar o caso em liberdade.
Fonte: O GLOBO
Fonte: O GLOBO
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