Agência Brasileira de Inteligência investiga suspeitas de equipamentos da agência encontrados com alvos da operação, incluindo Carlos Bolsonaro. (Foto reprodução) |
Porto Velho, RO - A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) anunciou o início de uma apuração diante da suspeita de que equipamentos da agência foram encontrados com investigados na Operação Vigilância Aproximada. A operação, deflagrada nesta segunda-feira (29), tem como objetivo identificar os destinatários e beneficiários de informações produzidas ilegalmente por meio de ações clandestinas da Abin.
Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, é um dos alvos dessa fase da operação. Entre os equipamentos encontrados, destaca-se um computador que estaria em posse de Carlos Bolsonaro. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e em sua residência, além de outros locais em Brasília, Formosa (GO) e Salvador (BA).
A Agência Brasil tentou contatar a defesa de Carlos Bolsonaro, mas não obteve sucesso. O advogado de Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, afirmou que nenhum computador foi encontrado em posse do filho do ex-presidente. Wajngarten argumentou que eles estavam pescando em Angra dos Reis (RJ) e que a informação sobre a busca não procede.
A Operação Vigilância Aproximada teve início na quinta-feira (25) com o propósito de investigar uma organização criminosa instalada na Abin para monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas. Essa suposta "Abin paralela" teria utilizado técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem controle judicial ou do Ministério Público.
Os investigadores da Polícia Federal afirmaram que a ideia de criar essa "Abin paralela" teria partido do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, sendo ele apontado como a principal pessoa da família que recebia informações desse grupo. A apuração sobre o uso de equipamentos e as implicações dessa operação continua em andamento.
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