Competição, que vale duas vagas para Paris-2024, será disputado na Venezuela. Seleção de Ramon estreia na terça-feira

A menos de seis meses dos Jogos Olímpicos de Paris, o caminho do futebol sul-americano começa hoje, na Venezuela. Equador e Colômbia abrem o Torneio Pré-Olímpico, às 17h (horário de Brasília), em partida pelo grupo A, o mesmo do Brasil, que só estreia na segunda rodada. O Sportv transmite a competição.

Além dos estreantes e da seleção, Bolívia e a anfitriã Venezula compõem o grupo. Os bolivianos serão os rivais na estreia, na terça-feira, às 17h. Do outro lado, no grupo B, estão Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai e Peru. Os dois melhores de cada chave se classificam para um quadrangular final, também em pontos corridos, com os dois primeiros garantindo vagas em Paris-2024. O Brasil tenta chegar aos Jogos para brigar pelo tricampeonato olímpico.

Nomes como Endrick (Palmeiras), John Kennedy (Fluminense), Maurício (Internacional) e Gabriel Pec (Vasco) chamam a atenção do lado brasileiro, comandado por Ramon Menezes. Mas o torneio também é uma chance de acompanhar de perto talentos ainda em ascensão no futebol do país, mesmo em seleções que não a Amarelinha.

A influência do Brasileirão no Pré-Olímpico — Foto: Editoria de Arte

O Athletico, por exemplo, colocou três atletas em equipes vizinhas: o lateral-esquerdo argentino Lucas Esquivel, o atacante chileno Luciano Arriagada e o ponta chileno Fernando Nava. Já o Botafogo viu o lateral-direito uruguaio Mateo Ponte ser chamado para o torneio.

Esquivel, de 22 anos, chegou até a treinar junto com o grupo da seleção principal da Argentina em data Fifa. Na temporada passada, atuou em 23 partidas pelo Athletico. Do quarteto, é quem mais tem espaço no clube, uma disputa fruto da crescente atratividade do futebol brasileiro para os jovens do continente.

Nava, por exemplo, ainda atua no sub-20 da equipe paranaense. Arriagada e Ponte brigam por espaço e minutos nos times titulares.

Esquivel, do Athletico, é um dos nomes da seleção argentina — Foto: Gustavo Oliveira/athletico.com.br

A competição também é palco de talentos que emergem do continente e chamam a atenção dos mercados brasileiro e europeu. Os meias Cristian Medina e Juan Sforza, que estão com a seleção argentina, foram alvos de Botafogo e Vasco. O segundo tem negociações suspensas com o cruz-maltino, que também mantém interesse em Luciano Rodríguez, principal nome do ataque do Uruguai. Ele é observado ainda pelo holandês Feyenoord, que chegou a fazer uma proposta.

A seleção da Argentina também vem com nomes fortes. Entre eles, os meias Valentín Barco, finalista da Libertadores com o Boca Juniors e acertado com o Brighton-ING, e Echeverri, carrasco da seleção brasileira no Mundial sub-17 (fez todos os gols nos 3 a 0 pelas quartas). Federico Redondo, filho do ex-volante Fernando Redondo, também está na equipe comandada por Javier Mascherano.

Echeverri fez três gols nas quartas de final do Mundial sub-17 — Foto: Divulgação/Seleção Argentina/Twitter

John Kennedy titular

Os treinos na Granja Comary mostraram um esboço do que Ramon pode testar como time titular na seleção. Em vitória por 2 a 1 sobre o Boavista em jogo-treino, o treinador escalou o ataque com Endrick, John Kennedy e Marquinhos e um meio-campo com Bruno Gomes (autor de um dos gols), Andrey Santos e Maurício. Marlon Gomes, que entrou na segunda etapa, fez o outro. Mas o time ainda não está fechado.

John Kennedy (com a bola) em treino da seleção brasileira. Atacante do Fluminense deve ser titular — Foto: Joilson Marconne / CBF

— Treinamos variações. Todos têm que estar preparados. Aqui não tem titular, não tem reserva. Tem o prazer de vestir a camisa da seleção. O importante é dar oportunidade para o jogador entender as movimentações, e todo mundo se sentir importante, como tem que ser — declarou Ramon à TV Globo.


Fonte: O GLOBO