Primeiro-ministro israelense prometeu destruir o Hamas e desmilitarizar Gaza em resposta ao ataque de 7 de outubro de 2023
Os dois dirigentes conversaram por telefone pela primeira vez em quase um mês. Após o telefonema, Biden disse que ainda é possível que Netanyahu aceite alguma forma de Estado palestino.
"Durante sua conversa com o presidente Biden, o primeiro-ministro Netanyahu reiterou sua política de que, após a destruição do Hamas, Israel deve manter o controle da segurança em Gaza para garantir que Gaza deixe de representar uma ameaça para Israel, um requisito que contradiz a exigência de soberania palestina", afirmou o gabinete de Netanyahu em um comunicado divulgado neste sábado (20).
Na quinta-feira, Netanyahu rejeitou a soberania palestina na Cisjordânia ocupada, afirmando que era incompatível com a necessidade de Israel de ter "controle da segurança sobre todo o território a oeste do (rio) Jordão".
"Há vários tipos de soluções de dois Estados. Há vários países-membros da ONU que (...) não têm exército próprio", declarou Biden na sexta.
Manifestante participa de protesto fora do Parlamento de Israel, exigindo esforços pela libertação dos reféns — Foto: Ahmad Gharabli/AFP
No entanto, um alto dirigente do Hamas rejeitou, neste sábado, os comentários do presidente americano.
"A ilusão que Biden apregoa a favor de um Estado da Palestina (...) não engana nosso povo", reagiu Izzat al Rishq, membro do escritório político do Hamas.
"Biden é parceiro de pleno direito na guerra genocida e nosso povo não espera nada bom dele", acrescentou.
Netanyahu prometeu destruir o Hamas e desmilitarizar Gaza em resposta ao ataque do movimento islamista contra Israel em 7 de outubro, e resiste cada vez mais à pressão de seu principal aliado, os Estados Unidos, a favor de um plano que inclua alguma forma de Estado palestino.
O ataque do Hamas deixou cerca de 1.140 mortos em Israel, a maioria civis, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre que deixou quase 25.000 palestinos mortos, a maioria mulheres e menores, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, que governa Gaza desde 2007.
Fonte: O GLOBO
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