Porto Velho, Rondônia - Seis pessoas morreram em um poço de bombeamento na pequena cidade de Blaquier, com apenas 2 mil habitantes, na região de Buenos Aires, na Argentina. Embora as causas ainda não sejam claras, as mortes aparentemente foram causadas pela inalação de gases tóxicos. A tragédia aconteceu na tarde de sexta-feira, após um homem contratado para fazer “tarefas de manutenção de rotina na rede de esgotos” entrar no poço e não voltar à superfície. Os outros cinco tentavam ajudá-lo.
“Aproximadamente pelas 18h30, o responsável pelas tarefas, Ricardo Bottega, ao entrar no poço para reparar as bombas, desmaiou e faleceu em circunstâncias que serão esclarecidas com a perícia”, informou a autarquia em comunicado.
No mesmo texto, especificaram que em consequência destas circunstâncias “e em resposta ao pedido de ajuda do responsável pelos esgotos, Ezequiel Rodríguez, vizinhos foram abordados com a intenção de colaborar no resgate”. No entanto, “ao descerem para esse fim sofreram as consequências presumivelmente associadas à inalação de gases concentrados”.
“Infelizmente, morreram as cinco pessoas que participaram da tentativa de resgate: Juan Ramón Sánchez, Nicolás Sánchez, Mateo Pellegrino, Carlos Renger e Alejandro Centeno”, afirma a carta.
Segundo o portal local Semanario de Junín , uma das hipóteses levantadas tem a ver com o fato de o poço em questão, que faz parte da rede de esgoto da cidade, conter cerca de 70 centímetros de esgoto e o gás liberado pelo líquido ter levado ao desfecho fatal. Outra versão indica que poderia ter ocorrido um choque elétrico.
Segundo o relatório municipal, os bombeiros locais “chegaram prontamente” e conseguiram retirar os corpos das vítimas para lhes prestar a assistência médica necessária. A investigação ficou a cargo da Promotoria de Ameghino, que ordenou a transferência dos corpos a Junín para a realização da autópsia. A mesma mídia local informou que eles estarão de volta ao meio-dia desta quinta-feira para se despedirem.
“Os agentes do sistema de saúde atuaram com rapidez, responsabilidade e sensibilidade diante da tragédia. Para a prestação de cuidados foram mobilizados: ambulâncias, pessoal de enfermagem, médicos, administradores, psicólogos, assistentes sociais, que prestaram assistência às vítimas e acompanharam as famílias”, afirma o comunicado oficial.
Enquanto isso, o prefeito Nahuel Mittelbach determinou três dias de luto, “com indicação de hastear a bandeira a meio mastro em todos os estabelecimentos públicos”. “Toda a cidade de Florentino Ameghino está imersa em profunda dor por esta perda irremediável”.
Fonte: O GLOBO
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