No início, pais de Saylor Class, de 3 anos, acreditaram que menina imaginava coisas; insetos e mel causaram prejuízo de R$ 103 mil
Ashley Massis Class, em entrevista à BBC, contou que a filha reclamava de "monstros na parede" do quarto, mas que nem ela, nem o marido, levaram a denúncia a sério. Ela lembra que uma de suas abordagens foi, inclusive, dar uma garrafa de água à Saylor para que ela usasse como um "spray para o monstro". A ideia não teve nenhum efeito, e a menina continuou reclamando nos meses seguintes.
Os protestos começaram a fazem mais sentido quando Massis Class notou algumas abelhas aglomeradas próximo ao sótão e à chaminé do lado de fora da casa, construída há 100 anos. Os adultos pensaram que Saylor pudesse ter escutado o zumbido e associado aos monstros. A mulher ligou para uma empresa de controle de pragas e descobriu que os pequenos insetos avistados tratavam-se de uma espécie protegida nos Estados Unidos. Um apicultor foi contratado.
O profissional notou que as abelhas viajavam em direção ao piso do sótão — ou em direção ao teto do quarto de Saylor. Ele então encontrou um buraco do tamanho de uma moeda e passou a rastrear a construção natural a partir desse ponto com o uso de uma câmera térmica. Da parede do cômodo da criança veio a surpresa:
— [A tela] iluminou-se como uma árvore de natal — disse a mãe.
As abelhas passaram oito meses trabalhando em uma poderosa colmeia, que surpreendeu até mesmo o apicultor. Ao abrir a parede, os insetos "saíram [voando] como em um filme de terror", descreveu Massis Class. Foram realizadas três sessões de aspiração, e as abelhas foram separadas em caixas para serem transferidas para um santuário.
Todo o cômodo foi isolado para evitar que as invasoras voassem para outro local da casa. A fiação da estrutura centenária foi danificada pelas abelhas e pelo mel produzido, um dano avaliado em US$ 20 mil (cerca de R$ 103 mil na cotação atual). A mulher explicou à rede de notícias britânica que o seguro não cobre o incidente relacionado a pragas, uma vez que eles consideram a situação evitável.
Fonte: O GLOBO
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