Kaid Farhan Elkadi, de 52 anos, foi sequestrado no Kibbutz Magen, onde trabalhava como segurança, durante os ataques terroristas de 7 de outubro

Farhan Kadi — Foto: Reprodução

Porto Velho, Rondônia - Forças israelenses resgataram um cidadão árabe de Israel que foi feito refém nos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro do ano passado durante uma operação no sul da Faixa de Gaza, informou o exército israelense na terça-feira, mais de 10 meses após ele ter sido sequestrado junto com cerca de 250 outras pessoas.

O exército israelense identificou o homem como Kaid Farhan Elkadi, 52 anos, membro da minoria árabe beduína do país. Eles informaram que ele foi resgatado por soldados e forças especiais israelenses durante uma "operação complexa" no sul de Gaza, mas que não divulgariam mais detalhes por razões de segurança e pela segurança dos reféns restantes.

Elkadi, residente na cidade de Rahat, no sul de Israel, trabalhava como guarda de segurança em Magen, um pequeno kibutz israelense perto da fronteira com Gaza. Ele estava em "condição médica estável" e sendo transferido para um hospital, segundo o exército israelense.

Um irmão do refém resgatado disse à mídia hebraica do lado de fora do Centro Médico Soroka, em Bersheba, que está muito feliz.

— Não sei explicar esse sentimento, é melhor até do que a chegada de um novo bebê — diz o irmão. — Graças a Deus, somos gratos a todos e esperamos vê-lo em breve saudável. Estamos muito felizes, muito felizes em receber essa notícia.

Um vídeo que circula nas redes sociais supostamente mostra familiares de Elkadi, 52, correndo pelos corredores do hospital para cumprimentá-lo.

Mais de 100 reféns permanecem em Gaza, embora pelo menos 30 deles sejam agora presumidos mortos pelas autoridades israelenses. Em novembro, 105 cativos foram libertados durante um cessar-fogo de uma semana entre Israel e o Hamas, e soldados israelenses recuperaram os corpos de mais de 20 outros.

O exército israelense conseguiu resgatar apenas oito reféns vivos à força, e essas operações militares frequentemente resultaram na morte de dezenas de palestinos. Autoridades militares israelenses dizem que os reféns estão sendo mantidos em vários locais na Faixa de Gaza — com muitos acreditando que estão na rede de túneis subterrâneos do Hamas — tornando as missões de resgate para salvar cada um deles inviáveis.

Não ficou imediatamente claro se a operação para libertar Elkadi resultou em mortes. Mas não houve relatos na terça-feira de bombardeios intensos em Gaza do tipo que precederam outras tentativas de resgatar reféns vivos.

Isaac Herzog, presidente de Israel, chamou o resgate de “um momento feliz para o estado de Israel e para a sociedade israelense como um todo”. Ele reiterou seu apelo pelo retorno dos reféns ainda mantidos em Gaza.

O Fórum de Famílias de Reféns comemorou o resgate do prisioneiro, mas enfatizou que um acordo é necessário para garantir a libertação dos reféns restantes.

“Ele suportou 326 dias em cativeiro”, diz o principal grupo que representa os familiares dos reféns em uma declaração. “O retorno de Qaid para casa é nada menos que milagroso. No entanto, devemos lembrar: as operações militares sozinhas não podem libertar os 108 reféns restantes”, acrescenta o grupo. “Um acordo negociado é o único caminho a seguir.”

O resgate de um refém na terça-feira no sul de Gaza elevou para oito o número de prisioneiros que o exército israelense libertou, dos cerca de 250 sequestrados nos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro.

Na semana passada, o Exército de Israel anunciou ter recuperado os cadáveres de seis reféns na Faixa de Gaza em uma operação conjunta em Khan Younis, sul do enclave palestino, com os serviços de inteligência israelenses. Trata-se dos corpos de Alex Dancyg, de 75 anos, Chaim Peri, de 79, Yagev Buchshtab, de 35, Yoram Metzger, de 80, e Nadav Popplewell, de 51, que já haviam sido declarados mortos nos últimos meses, e de Avraham Munder, de 79.

Em atualização.


Fonte: O GLOBO