Arquivo mostra que piloto da TAM fez manobra evasiva por perceber 'estação espacial' no céu — Foto: Reprodução
Porto Velho, Rondônia - Depois que o Arquivo Nacional divulgou na semana passada cerca de 30 documentos com relatos de pilotos brasileiros de avistamentos de óvnis (objetos voadores não identificados), diversos trechos tem sido destacados. Em 2007, um piloto da antiga TAM Linhas Aéreas (atual Latam) disse ter precisado realizar uma "manobra evasiva" depois que a aeronave se aproximou do que ele acreditou ser uma "estação espacial", em 1° de outubro. Ele reportou formalmente a situação ao 4º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta IV), e o registro foi disponibilizado pelo Arquivo Nacional.
Naquele dia, a aeronave cumpria um trajeto entre Manaus, no Amazonas, e Belém, no Pará. Por volta das 6h43, o voo 8077 sobrevoava Santarém, no Pará, a 39 mil pés de altura (corresponde a 11,9 mil metros) quando a tripulação notou um óvni luminoso em trajetória de deslocamento sentido oeste. Por isso, o piloto, que não teve a identidade revelada, fez uma "manobra evasiva à direita". Ainda conforme o reporte, o objeto era sinalizado também pelo Sistema Anticolisão de Tráfego (TCAS).
Documento atesta relato de piloto da TAM a respeito de 'estação espacial' no céu — Foto: Reprodução
Conforme o documento, o óvni teria acompanhado o avião até o Aeroporto Internacional de Belém. Na mesma ocasião, o objeto também foi visto por outro piloto em um voo da Varig (VLO 7421), que saiu do Miami International Airport, nos Estados Unidos, com destino a Manaus.
Um segundo caso com um avião da TAM foi reportado no dia 10 de fevereiro de 2012, pela tripulação do 3715, que saiu de Belém em direção a Brasília. Segundo o relato, o piloto precisou realizar uma manobra evasiva pela esquerda por volta das 19h50, pois o Sistema Anticolisão indicava que havia um objeto de "tráfego desconhecido" próximo da aeronave. O registro tamvém foi feito ao Cindacta IV.
“Ao informar a ocorrência ao ACC-AZ [Centro de Controle de Área Amazônico], foi constatado pelo operador da hora que havia multiplicidade de alvo na tela do console radar”, acrescenta o documento.
Documento mostra relato de piloto de aeronave sobre tráfego desconhecido — Foto: Reprodução
Ouça o áudio de alguns relatos de pilotos brasileiros
Na madrugada de 7 de fevereiro de 2023, por volta das 3h, um piloto relatou ter avistado no céu de Navegantes, cidade do litoral de Santa Catarina, "uma bola pequena a grande (variando)" que se movia a uma velocidade "dez vezes maior que a de um avião comercial". O piloto afirmou ainda que o ocorrido é semelhante a outros avistamentos já reportados na mesma região no ano anterior.
Em um dos casos, um piloto da Gol avistou um óvni em velocidade "supersônica" e precisou fazer uma manobra evasiva para evitar uma colisão com a aeronave. O episódio aconteceu no voo 9109, que fazia o trajeto entre Brasília, de onde havia decolado, e Fortaleza, no dia 24 de janeiro de 2014.
Relatório da FAB no Arquivo Nacional mostra relato de observação de Óvni — Foto: Reprodução
A observação foi feita pelo piloto por volta de 12h10. Segundo o relato, o objeto foi observado quando o avião da Gol estava entre 10 mil e 10,6 mil metros e se preparava para pousar no aeroporto.
Um dos documentos divulgados pelo Arquivo Nacional cita 'uma bola dez vezes mais rápida que um avião' — Foto: Divulgação/Arquivo Nacional
A maioria dos relatos de óvnis concentra-se na região Sul do país, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em abril, um aviador que se preparava para pousar no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, comunicou ter visto um óvni estático, que alternava entre as cores branca e alaranjada.
"Nesta semana, o observador relata ser o quarto dia que observa tal objeto", registra um dos documentos.
Outro piloto, que sobrevoava o município de Ilha Comprida, em São Paulo, em direção a Santa Catarina, relatou ter visto de quatro a cinco objetos com luzes brancas intermitentes, que se moviam a longa distância.
Segundo ele, por volta das 2h do dia 21 de janeiro, os objetos realizavam movimentos circulares, "por vezes formando um círculo, aproximando e distanciando um do outro", a uma velocidade de 8 mach — oito vezes a do som.
"O espanto foi em decorrência de as luzes/movimentação dos objetos não corresponderem a um satélite, lixo espacial ou qualquer outro fenômeno conhecido", destacou o piloto.
Fonte: O GLOBO
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