A organização Me Too Brasil confirmou que o ministro foi acusado de assédio sexual. Em nota, ele negou e disse tratar-se de "ilações absurdas"

O ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida foi confrontado por parlamentares da oposição em comissão na Câmara dos Deputados — Foto: Renato Araujo/Câmara dos Deputados

Porto Velho, Rondônia - A Polícia Federal vai abrir investigação sobre as denúncias sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Conforme a corporação informou, a apuração está sendo aberta por iniciativa própria, sem que nenhuma representação tenha sido enviada. A tendência é que o inquérito seja aberto ainda nesta sexta-feira. O ministro nega as acusações.

Na quinta-feira, a organização Me Too Brasil confirmou que o ministro foi acusado de assédio sexual. Em nota e em vídeo divulgado nesta quarta-feira, o ministro negou, disse tratar-se de "ilações absurdas" que acionou a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que façam uma apuração cuidadosa do caso.

A informação sobre as denúncias foi divulgada inicialmente pelo portal Metrópoles. Segundo o site, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, teria sido uma das vítimas e teria relatado o episódio a integrantes do governo. Procurada, ela não se manifestou.

Em nota divulgada na noite de quinta-feira, o Palácio do Planalto reconheceu "a gravidade das denúncias" e disse que o caso "está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem". O governo informou, ainda, que Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias.

A coluna de Malu Gaspar no GLOBO aponta que os episódios envolvendo Anielle ocorreram no ano passado – e já eram de conhecimento do Planalto há semanas. Segundo a reportagem, a ministra conversou sobre o assunto com a primeira-dama, Janja da Silva, e os ministros da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e Vinicius Carvalho, da Controladoria-Geral da União (CGU).


Fonte: O GLOBO