Segundo o jornal La Nación, o ex-presidente boliviano é acusado de conviver com menores durante sua estadia na Argentina entre 2019 e 2020. // Foto: Evo Morales via X

Porto Velho, Rondônia - A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, anunciou que o governo de seu país apresentou uma denúncia contra o ex-presidente boliviano Evo Morales (foto) por crimes de tráfico de pessoas e abuso sexual de menores.

Na Bolívia, Morales já é investigado por supostamente ter estuprado uma adolescente de 15 anos em 2016, com quem teria tido uma filha.

O ex-mandatário chegou a ser alvo de um mandado de prisão, mas uma juíza acatou o pedido da defesa e anulou a ordem. O caso voltou à tona após uma ex-procuradora afirmar ter sido exonerada por avançar as investigações sobre o caso.

Bullrich afirmou nas redes sociais que na Argentina “soma-se algo ainda mais aberrante: o ex-presidente boliviano socialista é acusado de ter convivido com quatro adolescentes durante o asilo político concedido pelo kirchnerismo”.

“O pior dos crimes, em nosso solo. Por isso, há 15 dias apresentamos uma denúncia por suposta prática de crimes de tráfico de pessoas e abuso sexual”, escreveu a ministra no X.

Segundo o jornal La Nación, Morales é acusado de conviver com menores durante sua estadia na Argentina entre 2019 e 2020. As vítimas teriam sido trazidas da Bolívia para realizar trabalhos domésticos em sua residência.

Milícia de Morales faz soldados reféns

O Ministério das Relações Exteriores da Bolívia afirmou no sábado, 2, que pelo menos 200 soldados são mantidos como reféns por apoiadores do ex-presidente Evo Morales. A ação dos “cocaleros”, a Tropa de Choque de Morales, é novo episódio em meio à onda de protestos promovida pela milícia há quase três semanas.

Na sexta-feira, três unidades militares foram atacadas pelos grupos na região de Chapare, no departamento de Cochabamba, segundo o ministério.

Cochambamba é o epicentro do conflito entre apoiadores do ex-presidente e os militares.

Em 15 de outubro, os cocaleros bloquearam diversas estradas ao redor da cidade como forma de gerar uma convulsão social e impedir uma eventual prisão de Morales, que é investigado pelo suposto abuso de uma menor de idade durante seu mandato, no período entre 2006 a 2019. O ex-presidente classificou a acusação como “mais uma mentira”.

Fonte: O Antagonista